Internações hospitalares por cefaleias no Brasil: tendências temporais, disparidades por idade e sexo (2010-2023)
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https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2025.31Palavras-chave:
Primary headaches, Migraine, EpidemiologyResumo
Introdução
Em 2019, a migrânea afetou cerca de 1,1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Apesar de sua prevalência, as tendências epidemiológicas e as disparidades demográficas no Brasil permanecem obscuras, particularmente no que diz respeito às hospitalizações por migrânea e outras síndromes de cefaleia (MOSC).
Objetivos
Analisar as tendências temporais nas taxas de hospitalização por MOSC em diferentes faixas etárias e sexos no Brasil de 2010 a 2023.
Métodos
Este estudo ecológico de séries temporais (2010-2023) utilizou dados do Sistema de Informações Hospitalares (CID-10: G43 e G44) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As taxas de hospitalização foram calculadas por 100.000 habitantes e analisadas em cinco faixas etárias e por sexo. O programa Python foi usado para análise estatística.
Resultados
Durante o período do estudo, foram registradas 120.306 hospitalizações devido a MOSC. Uma tendência de aumento significativo foi encontrada no total de hospitalizações (APC = 5%; IC: 2,9–7,2). Todas as faixas etárias apresentaram tendências crescentes (p<0,01), notavelmente os idosos avançados (APC=7,4%; IC: 5,2–9,7). Todos os grupos atenderam à suposição de normalidade. A ANOVA indicou diferenças entre as faixas etárias (p<0,001); o post-hoc de Tukey mostrou que as crianças apresentaram taxas significativamente menores (p<0,001). Ambos os sexos apresentaram APC semelhante (~5%) nas taxas de hospitalização. A normalidade e a homogeneidade das variâncias foram confirmadas. O teste t de Student revelou uma diferença significativa entre os sexos (p<0,001; t=6,22), com as mulheres apresentando uma taxa média de hospitalização maior do que os homens (diferença média=2,45).
Conclusão
As hospitalizações por MOSC estão aumentando no Brasil, especialmente entre idosos e mulheres, destacando a necessidade de estratégias de saúde direcionadas.
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